Descubra agora, em mais um artigo da Biografia de Leonardo Da Vinci.
Espiritualidade de Leonardo Da Vinci
Entretanto, não podemos nos esquecer da importância que a cabeça humana como o órgão do pensamento, o foco da espiritualidade e de toda psicologia, tem para Leonardo da Vinci.Desde os tempos do ateliê de Verrocchio ele já demonstrava seu interesse pela anatomia e o desenho perfeito da cabeça, interesse que só fez aumentar mais tarde, estendendo-se para o estudo da formação e expressão geral do rosto e a cor e expressão dos olhos.
Leonardo acredita, por exemplo, que os rostos devam ser idealizados quando o mereçam, a fim de combinar com a alma interior sediada na cabeça; ele adverte o pintor contra os perigos da escolha adrede de rostos afins ao do próprio artista, para evitar o desenho de rostos feios, se acaso for feio aquele artista, o que costumava acontecer entre os últimos representantes da idade média, com seus grotescos: ao contrário, diz Leonardo, se o artista busca a beleza desde o inicio acabará por encontrá-la.
Ele ainda salienta que o objeto da pintura será, sempre, descrever o corpo e a mente; esta última sendo, é claro, de acesso mais difícil, e exigindo a mais cuidadosa observação dos gestos que a representam.
O pintor deve, ainda segundo Leonardo, estudar a gesticulação dos mudos, a mais rica que existe, com o objeto de ler e traduzir tudo aquilo que acontece na mente; os minuciosos estudos sobre a posição e forma do nariz, sobre o arqueado maior ou menor das sobrancelhas, a espessura dos cílios e o desenho da boca indicam aquela preocupação; um traço curioso salientado pelo artista é a relativa facilidade na descrição do feio: a pintura do feio e do grotesco lhe parece bem mais acessível que a pintura da beleza, "o belo pertence a poucos", como afirmavam os antigos sábios.
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